quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Livros - Diniz - O Rei Civilizador

Na próxima sexta-feira, 9 de Outubro, às 19h30, no Espaço D. Dinis, sito na Av. António Augusto de Aguiar, 17 – 4º esq., em Lisboa, a Ésquilo – Edições e Multimédia e a Associação Cultural Nova Acrópole, realizam o lançamento do livro «DINIS – O REI CIVILIZADOR» da autoria de Helena Barbas, Maria Máxima, José Carlos Fernández e Paulo Alexandre Loução.
Este livro transmite uma visão renovada da vida e obra do rei D. Dinis, que marcou profundamente a história de Portugal. Conta também com a colaboração do professor doutor Pedro Gomes Barbosa, coordenador da área de história medieval da Universidade de Lisboa.
Os autores desta obra aprofundam as vertentes fundamentais da vida e do reinado de D. Dinis através de três conjuntos temáticos: 1 – O Rei Civilizador; 2 – O Rei Poeta; 3 –A Influência de Isabel de Aragão e o Culto do Espírito Santo.
São vários os enigmas e os estimulantes temas de reflexão a que o reinado de Dinis e Isabel nos desafiam, e que este livro aborda:
Era D. Dinis um confrade templário? Como trovador estava ligado à corrente esotérica dos Fiéis do Amor? Terá chegado a desejar que o seu filho bastardo Afonso Sanches, também ele poeta, fosse o seu sucessor? O «espírito de liberdade» vivido na Universidade denota uma simpatia de D. Dinis pelas correntes heterodoxas? Terá conseguido, na verdade, ludibriar o Papa ao criar a Ordem de Cristo, sucessora dos Templários? Qual foi o impacto do franciscanismo no seu reinado?
Era realmente um poeta de excepção que merece um lugar na história da literatura? Preferia a diplomacia à guerra? A justiça era uma prioridade sua?
Enfim, foi o verdadeiro refundador de Portugal?
E Dª Isabel, teria simpatia pelo ideal cátaro? Por que só foi canonizada três séculos depois, enquanto à sua tia, Isabel da Hungria bastaram uns anos? Por que foi censurado o texto de Pedro Mariz sobre a rainha santa? O Culto do Espírito Santo foi criado com base nalguns mistérios templários?
Estamos certos que este livro lança uma nova luz na descoberta de uma personagem histórica tão ampla e fascinante, que não deve ser encaixada à força nos limites das historiografias redutoras.

«E este foi o melhor rei e mais justiceiro e mais honrado que houve em Portugal desde o tempo do rei D. Afonso, o primeiro.»
D. Pedro, Conde de Barcelos e filho de D. Dinis
In Crónica Geral de Espanha de 1344

«Talvez não haja na história conhecida uma tão grande semelhança entre outros dois reis do que aquela que existe entre o imperador Marco Aurélio e D. Dinis. (…)
D. Dinis é o rei-lavrador, não só pelas reformas que incorporou na agricultura, pelos pinhais de Leiria que plantou e pela repovoação das terras que devolveu ao solo lusitano a sua natural fertilidade; mas também porque lavrou a terra do futuro de Portugal, quer dizer, estabeleceu os cimentos da sua história futura, abriu a terra do seu presente para que recebesse satisfeita as sementes da civilização.»

José Carlos Fernández
Filósofo, investigador e escritor

«Governando durante mais de quatro décadas (1279-1325) consolida a ideia de Portugal como reino independente e com personalidade própria, dando mostras de um amplo leque de virtudes que o tornou um dos reis mais completos de toda a Idade Média europeia. (…) D. Dinis, o soberano lusitano mais amado de todos os tempos, inclusive com o beneplácito da historiografia actual, foi, sem dúvida, um Grande Português e o Refundador de Portugal!»

Paulo Alexandre Loução
Historiador e escritor

«D. Dinis foi efectivamente um Rei sábio e justo.»

Maria Máxima
historiadora

«(…) será um pouco de tudo isto que se vai encontrar na poesia de D. Dinis. O respeito pela experiência do amor-conhecimento filosofia na linha dos Fedele d'amore; o cumprir com as regras estabelecidas na corte de Leonor de Aquitânia para o fin'amor; também – e aqui o ponto controverso – o quebrar de todas essas regras pré-estabelecidas, uma a uma, sucessiva e premeditadamente, como se as usasse como anti-tema. E ainda, uma paleta de comportamentos e emoções, estados psicológicos, modos de relacionamento que surgem da constelação do universo feminino de que se rodeou.»

Helena Barbas
Professora da Faculdade de Letras da UNL
e Crítica Literária

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